Poeta ridículo

Diálogo interno

Pergunto-me

Na solidão há felicidade?

Respondo-me

Vezes sim, vezes não!

Pergunto-me

Porque sou assim, vazio?

Respondo-me

Talvez vazio seja melhor!

Pergunto-me

Será que eu faço falta?

Respondo-me

Impossível saber!

 

Interrogo

Porque assim sempre triste?

Todos felizes só, seria fácil lidar assim!

Penso em voltar com ela!

Gosto da solidão, mas ela açoita-o!

Porque não deixa abraçar-me?

Não quero que volte seu pior, me espanta!

Mas era bom eu tinha alguém...

Você terá vida, ela não daria isso, eu sim!

 

Pergunto-me

Um alguém seria bom?

Respondo-me

Sim, ajudaria a enxergar!

Pergunto-me

Mas poderia fazer mal?

Respondo-me

Sim, já fizeram isso!

Pergunto-me

Então o que fazer?

Respondo-me

Lidar, cuidar-se, amar-se!

 

Interrogo

Porque tantas dúvidas?

São assim, indecisos e impulsivos!

Então há outros como eu?

Muitos! Difícil vê-los entregues a ela...

Ingrata, isso que ela é...

Talvez, dão o tempo e ela o quer todo!

Queria dissipar essa situação!

Não se cobrem tanto, cuidarei agora!

 

(Conversa com a luz)