‘Sou feita de flor e de fogo
Sou diaba do amor e do calor do teu gozo’
Minha alma é feminina
É dama, é diaba
É anjo
É satânica casada com meu lado santo
Delicioso pesadelo sacrossanto
Em consagração de tomar posse do que é meu
Por direito e não por magia
Sou tua diaba e a tua mais verdadeira fantasia
Diaba é a minha essência
Que desperto em teus desejos
Realizando um doce inferno
De fogo e de brasa
Dentro do seu corpo
Salivando meu mel em teus lábios
Sou chama ardente de todos os santos e diabos
Que te hipnotiza
Que ao mesmo tempo te apavora
Realizando em meu corpo
O desejo que te devora
Diaba que rasga tua roupa
Sã e insana
Que lambe tua pele e invade tua alma
Que te transforma em anjo
Que arregaça e abençoa tuas asas
Que aquece teus pés
Que mata tua vontade em pecado santo
Sou diaba poesia, doçura, graça e alegria
Jardim de fogo
Velocidade e luz
Sou diaba em corpo de homem
Alma fêmea
Fogo que arde em meus mamilos
E traço por todos os meus caminhos
No teu e no meu
O sabor e o momento
Que tira os teus pés do chão
E que matas em meu ventre a tua paixão
Sou diaba
Que te tira o sono
Que te despe
Que acaricia o teu corpo cansado
Que me vê em seus sonhos
Que calças meus pés
Que me ajoelho aos teus
Saboreando em língua de fogo
Despertando labaredas do teu dragão
Teu desejo fogueira em brasa do teu coração
Sou diaba da tua alma
Dos teus dias tardes e noites
Sou poesia que alisa teus cabelos
Sou brasa ardente
Fogueira acesa!
Chama de luz!
Que realiza teus desejos
E que te liberta dos teus perturbados pesadelos
Vlad Paganini
‘Com lágrimas de fogo e de desejo
Nos meus fardos de brasa que esmaga
Voo distante da terra
Acendo em minhas labaredas
A Diaba que me faz acesa
E te chamo aos céus em brasa
A queimar docemente de amor
Em minha fogueira’
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