É de repente
Não precisa acreditar
É a certeza pungente
Que ninguém quer esperar
Como a inspiração de um bardo
Que discorre em palavras poesia
Mas não se sabe de fato
Se a inspiração seria cortesia
Se rima de versos fosse
Uma imagem, uma foice
A imaginação que se instiga
A vida em sopro que intriga
Em sonhos, nos travesseiros
Amedronta em pesadelos
Porquanto só causa espanto
Se não há conhecimento
Sobre esse pontual evento
Que faz escorrer o pranto
Faz o poeta declamar em prece
Com a liberdade dos versos seus
Que não se prende ao que padece
Mas se guarda sob o manto de Deus