Quando nosso Eu espiritual
liberta-se do Eu carnal,
nosso espírito livre
é purificado pelo vazio envolvente
e perpétuo do espaço astral.
Enquanto o corpo físico
descansa profundamente,
a essência leve e singela
eleva-se ao firmamento,
contemplando a paz do renascimento.
Aguardando no limbo dos espectros,
pela volta à uma existência real,
serenamente, compõe com o abstrato
um quadro de inigualável
ternura angelical.
Retornando ao plano material,
esquece a ideia sobrenatural,
buscando sobrepujar sua vida mortal,
ao procurar profetizar sua sina,
e tentar superar seu destino vital.