Willie Stchaikovski

Submundo

Dia por dia afundo 

Num poço sem fundo 

Vivendo em um submundo

Criado por minha mente

 

E no meu submundo eu pondero:

“Será que passarei por isso?

- Talvez um dia, eu espero”

Mas caio em si e me desespero, 

Pois não sei se tenho forças

De recomeçar do zero. 

 

E no meu submundo meu peito aperta

Como se houvesse uma ferida em carne viva, aberta

Que sufoca, queima e me tira a sanidade 

Com tanta crueldade 

Que até o pior dos demônios teria piedade.

 

No meu submundo

Tento retomar meu consciente 

Ciente, de que para erguer o

Haste da vitória preciso ser valente. 

 

Mas será que tenho a valentia

De suportar os pensamentos 

Que me perseguem noite e dia?

Ou será que só me sobra covardia,

Já que mal consigo consigo acordar todos os dias? 

 

No meu submundo fui assassinado

E como o meu último esforço,

Deixo aqui uma declaração: 

 

O carrasco foi aquele que me viu afundar

E nem sequer pensou em estender-me a mão.