//meuladopoetico.com/

Avelino

Sem VocĂȘ

O dia choveu o verão.

O sol mesmo atrás da noite.

O tempo, parado 

não quis sair do lugar.

Foi noite dia inteiro.

Noite era asas de borboletas,

chovendo na frente da luz.

Passarim que cantou,

foi de madrugada.

O latido mordia o cão,

solto na prisão.

Tempo me olhou

passou e nem me viu.

Olhei para o lado,

e não te ví.

Aí ví que o só estava comigo.

O pensar então existiu,

pensou que viví.