A caatinga abriga um segredo.
A seca não lhe causa medo.
O sol não desanima sua gente.
É força, labor, persistência.
Aqui se vive sem medo,
É feito de força sua gente.
De flor e espinho se faz a estação,
A raiz se prepara pra sequidão.
As folhas caem ao chão.
Tudo sem vida
parece morrer na sequidão,
mas
O cheiro da chuva
Começa a surgir.
O seco, enfim,
começa a sumir.
O verde formoso
Volta então a emergir.
O fruto
alimenta a estação.
O espinho
garante proteção.
Na chuva,
mansinha a cair,
Tudo começa a
Brotar,
Florir,
Ressurgir.
Na seca, a vida se esconde.
A chuva outra vez a cair.
Do solo começa a florir.
O sertão outra vez está a
Sorrir.