Observo fotos em profusão.
Percebo momentos congelados,
mas nem sempre preservados,
tais quais pequenas gotas de emoção.
Testemunhos de lembranças,
guardadas no limbo das reminiscências,
que afloram em nossa consciência
como imateriais heranças.
Na sala, no quarto, em destaque,
expondo cenas de família e amigos,
merecendo aplausos da melhor claque
pelos instantes intensamente vividos.
Partes de um confuso quebra-cabeça,
onde cada peça guarda a sua riqueza,
mimetizada em imagens e cores
de inesquecíveis alegrias e amores.
Edito o longo filme de uma vida.
Monto, a partir de dispersos fotogramas,
um universo de histórias comovidas,
que me rementem a romances e dramas.