A coisa aqui está feia,
Em atípico acontecimento?
Ou a praxe a tudo enlameia?!
Sabe-se que há
Quem o que é justo, odeia,
Faz seu juízo de convencimento,
Isso lhe basta,
Todos os escrúpulos, de si, afasta!
O que importa, é o resultado!
Joga a chave do xadrez fora,
Aí do coitado!
Nesses dias tão trevosos,
Que faz corar Talião,
Virou tudo do avesso: bagulho,
Com entulho,
Alho,
Com bugalho!
A Justiça,
Com os olhos vendados,
Não enxerga, não escuta
Os apelos dos injustiçados
Que a ela recorrem.
É que, nessa intrincada liça,
Tudo está abaixo de arriba --
Vai empurrando com a barriga!...
Não se atem, à consciência
Do ladrão
Que a si próprio acusa,
E qualquer ruido, o assusta!
É mesmo bagulho,
Com entulho,
Alho,
Com bugalho...!
Juizos, que apropriam-se
Da Lei, à sua propria custa!
E nessa barafunda implica:
Está solto,
Quem roubou um milhão ;
Preso está,
Quem se apropriou de um pão!
O