Estes laços de elos tão belos,
Singelos, feitos de aço,
São quase correntes,
Amarrando seus passos,
Ligações permanentes, temporariamente,
São marcas e traços tatuados eternamente?
Até onde beberão da mesma placenta?
De quem será a iniciativa de uma última tentativa,
Ou de uma discussão violenta?
Ou ele continuará prisioneiro
E ela permanecerá cativa o tempo inteiro?
Até quando a escravidão aguenta?
Lembram onde os caminhos se cruzaram,
Mas saberão em que parte da estrada,
Eles se separaram?
Em que trecho da jornada os laços se desataram?
E agora? São tantos os caminhos,
Quem vai embora, com alguém ou sozinho?
Quem é que ri, quem é que implora,
Quem vai chorar baixinho?
Logo irão encontrar quem quiser se arriscar,
Com algum sentimento, por sorte e por acaso,
Por erro ou experimento, no avanço ou no atraso,
O ponto exato de um outro cruzamento,
Outra história, outro relato,
Almas de outro temperamento,
Gatos lambendo seus ferimentos,
Todos tendo de aceitar o fato,
Que as feridas se fecharão com o tempo...