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J.O.JORGE

DECLARAÇÃO DE AMOR

O início?! Talvez seja, ou seja, continuação.

O beijo dado. Carinho recebido,

Os sentimentos a flor da pele o suor das mãos,

Que o amor seja bem vindo.

 

É um carnaval de sentimentos invadindo-me,

Ritmo perfeito de emoção,

A alegoria escolhida representa o amor sublime...

As batidas, o compasso faz-se samba no coração.

 

“São as águas de março fechando o verão”, segundo o compositor.

O poeta diz: “A chuva que cai lá fora,

É nossa trilha sonora,

“A chuva é sinônimo de amor a qualquer hora”.

 

Tu és a deusa Vênus, amor.

Nascestes das espumas do mar,

Abriu-se uma concha,

Dela surgiu a pérola que só sei amar.

 

O véu, o buquê... Os porquês,

O sereno da noite, do quinto...

A pureza no branco, os clichês.

Te querer tornou-se instinto.

 

Meio dia, meia hora, meio segundo...

Aceleram quando estou ao seu lado,

Qualquer distância é meio mundo,

Quando estamos separados.

 

Queria tanto ser o imperador de tudo,

Não para governar todas as nações,

E sim para parar cada segundo,

Quando estivessem lado a lado nossos corações.

 

O infinito, colheita, sucesso ou fracasso.

A dificuldade, cumplicidade, dados lançados.

Sorte?! Aleatoriedade?! Acaso? ...

Não! É amor na verdade.

 

Na primavera. Em todas as estações,

Entre flores e espinhos,

Nas idas, nas voltas que nossos mundos dão,

Os seus braços são meu único caminho.

 

Coloquei meu coração em uma balança,

Deu-se 340 gramas,

Está cheio de: Gratidão e esperança.

Existe o peso da culpa, e certas dores em lembranças.

 

Antecede o que virá a ser o ultimo,

É de certa forma o prelúdio,

Mas antes do fim tenho em mim,

Amor sem começo, meio ou fim...

 

No final volta-se ao começo,

O nascimento da continuidade,

Por você ao universo rogo, peço.

E dos desejos antigos me despeço.