Na parede,
No pulso,
Na escrivaninha.
Está sempre ali
bem escondido
em qualquer canto.
Fazendo tic tac, por
todos os cantos.
Lembrando de
quem seja o canto,
que o tic tac
segue sempre adiante.
Vejam só o desprevenido,
segue sempre acreditando
que o tic tac indefinido
pode esquecê-lo por
um só instante.
Segue, assim, imaginando
que haverá um outro instante,
Pra só, então, seguir,
ir mais distante.
Mas sem perceber ruia,
Se findava aquele dia
Sem esperar
aquele instante
Que se passava inebriante.
Não se engane meu amigo,
aproveite cada sorriso
que se faz com os mais
queridos enquanto
canta tua canção.
O tic tac segue gigante,
Procurando a todo instante,
Quem esquece da missão.
Sem condoimento ou lástima,
Com apelo e atropelo
carrega os momentos
bem e mal vividos, escolhidos
com detalhe e precisão.
Se não estiver atento o bastante,
O tic tac chega, assim, desconcertante
Leva consigo a melodia
Sem esperar findar o dia.
Deixa somente a saudade por
aquele que foi instante um dia.