Maximiliano Skol

ÚLTIMO SONETO

Cansei... E Baudelaire está presente

Em mim,  maligno veio a perturbar-me,

Sinto o desinteresse... Não há charme

Ou atrativo algum, estou ausente

 

Na de outrora alegria que me mente...

Vejo a vida em pânico, ou de alarme,

Como  se desventura tem a dar-me

Com todo esse meu tédio inclemente.

 

Disfórico e em angústia sinto em tudo

O ausente eco de estar em grito (mudo)

No vácuo que me trouxe a solidão.

 

Pelo desprezo à vida existo em vão,

Não há co\' o que sonhar, então, prometo:

Este será muito último soneto.