Violência tem na sua escrita ligeira
o transpor imperativo da imposição
que coloca em risco, a todo momento,
a liberdade da ação.
Na sua composição adjetiva
que tem como abjeto
o violar da decência,
reprova qualquer conceito
de que a fragilidade humana
não tem resistência.
E o pactuar da mentira
conjugada à soberania
que o poder congrega
põe em reprovada constância
o desarmar rude
que a aberração carrega.
E o inusitado balbuciar
de medo e de repugnância do inocente
sem qualquer garantia, sufraga
colocando em dúvida
a exposição indolente de uma guerra
sem modos, sem trechos, simplesmente vaga.
Resta, então, apenas silenciar
e tentar se esconder
para não ser confundido e escorraçado,
pela impetuosa discriminação
que sobe o morro e fere
sem perguntar: qual é o seu lado?