A soberba, sentimento pretenso
De superioridade,
É um monumento à burrice,
Uma esparrela
Que encurrala
Quem com estuitice
Vivia alardeando moralidade:
Fazia suas peripécias,
Cogitando esculpir
À sua personalidade,
Uma escultura
Que resultou capenga -
Duas colunas caídas, padecendo
Do seu artífice-
Um mínimo de bom senso;
Uma terceira,
Que idealizava perfeita -
Em pé, simbolizando austeridade
Daquela propalada operação,
Mas que pecava
Na verdade,
Por ser uma aberração
Que não servia pra nada.
Felizmente, por seu parceiro
Na trampa, rejeitada -
Uma estátua erguida
No pedestal da vaidade!
Porém, com o correr dos dias,
A ancoragem
Do falso moralista
Foi desfeita!
Agora na lama resvala -
Desmorona, despenca,
Escancara sua corroída imagem,
Desnuda o lodo da sua falsidade !