Santa inutilidade
vem da mais pura
verdade de que eu
sirvo pra nada,
Nem pra ninguém
Talvez sirva de apoio
que apoia os pés dos
outros, sendo apenas
Um encosto, só me
usam quando convém
E eu fico na espera
de servir pra alguma
coisa, ou pra alguém
Mas quem me dera que
isso fosse acontecer
E viver pra trabalhar
de peso morto em um
lugar em que minha
Existência não faz
nem a menor diferença
E que nunca irá fazer
Pois nao sirvo nem pra
prestar serviços no cargo
de menor das funções
Pra qual fui designada
Sendo totalmente
inútil, pois o que eu
faço não só não ajuda,
Como só mais atrapalha
E de tanta incompetência
Sendo inconveniente
Percebi que afinal foi por
pena que fui contratada