RONALDO RIBEIRO POETA

ERA DOS EXTREMOS

 

 

Na era dos extremos as incertezas se instalam.

Nos escombros do capitalismo neoliberal, surgem os donos das verdades absolutas.

Nas entrelinhas dos discursos nacionalistas, a insensatez de não enxergar o outro como prosseguimento de si mesmo.

A terra vista como uma grande companhia com apenas alguns donos.

Um imenso esgoto a céu aberto, onde as mazelas são expostas como moeda de troca para se obter o poder.

Na era dos extremos, menos esperança, mais conflitos,. Na era das incertezas, mais leis, menos idéias.

Na era do “eu”, somos apenas objetos usados, vendidos e jogados ao, lixo quando perdemos a utilidade.

Nesse imenso mundo cão, a alma vagueia, o corpo padece, e as lagrimas são as gotas que ainda trazem o alento da nossa resistência.