No cativeiro da minha mente há liberdades acorrentadas...
No cárcere desse viver há cortes sem sabor
Na senzala da negra consciência encontro o valor da luz...
Nesses devaneios, anseio a perdição
Dos caminhos que me levam...
Onde surgem novos destinos...
Onde insurgem horizontes...
Anseios
Enquanto vivo a ilusão do que não posso
Luto por mim, em cada morte
Luto sem fim na homilia
Dessa missa
Dessa premissa
Mesmo que a paz seja a flor no sétimo dia
Nesse cotidiano de mais um pão nosso
Rasgado em migalhas de sorte
Sonhos brotam das sementes dos meus poros
Enraízam-se paradoxais querendo flutuar
Embalam lamentos de um silogismo antiquado
Emanando boas conclusões ilógicas
Meus sonhos não sabem o que é chão...
Distante, areia escorre-me pelos dedos da mão...
No travesseiro deixo memórias de travessuras
Daquilo que temo na carreira desse solo
Desse lugar de receios
Nesses momentos,
Preparo orações para os vazios de coragem
Desafios preparam minha bagagem
Artifícios do viver são branduras
Traz um dicionário de palavras inúteis a ilusão
Que ensina a confusão, pugnando solução
E bem explica o caos sem venturas
No cativeiro da minha mente há liberdades acorrentadas...
No cárcere desse viver há cortes sem sabor
Na senzala da negra consciência encontro o valor da luz...
Nesses devaneios, anseio a perdição
Dos caminhos que me levam...
Onde surgem novos destinos...
Onde insurgem horizontes...
Meus sonhos não sabem o que é chão...