Sozinha
Entregue ao pensamento...
Nutre-me, bate ou acaricia
Nem sempre carrasco, às vezes condena
N’uma lembrança, em um lamento
N’outras, apenas momento, e a cena que se inicia...
Sozinha...
Como ilha, flutuante n’um mar de gente
Repleta de sonhos que povoam a mente
Sem tempo ou ânsia para curar o coração demente...
Sozinha...
A solidão que já não me isola
Acompanha-me, quando estou comigo mesma
Às vezes maltrata, e as vezes consola...
Sozinha...
A mais sofrida de todas as escolas
Não há quem ouça a pergunta
Não há respostas permanentes, nem hora...
Saúda-me a aurora...