cabeleira que me apareceu
por dentre um forte nevoeiro
pensei em fugir, meu ser escondeu
o peito se fez hospedeiro
era da cor do Sol seu brilho, quando
os olhos fixam-se na sua imensidão
alguma coisa enche-me de encanto
alguma coisa treme meu coração
mas não teve jeito, nem
pra jardineiro o peito serve
a água que a flor não vive sem
o peito pra regar dantes ferve
és que o peito é um eterno
guerreiro! Da vivência és guardião
pena que guarda no inverno
o frio que sente no verão
este mundo que tanto me viu
caminhando com o peito desnudo
este mundo me avisa: - sumiu
aquele que da vida sabe tudo
foi embora , não sei pra donde
quando a noite se fez dia
do mundo, és provável, se esconde
quando dorme a alegria
acorda no tempo, que ele se encarrega
pelo terráqueo sonho que se pode ter
assim como as flores, mão que não rega
suas sublimes belezas olhos não sabem ver
na vida, alegria dorme solitária
num jardim que gladia com floresta
e indaga porque tanta represália
se vontade de dormir já não mais resta
ela dorme sem sono
à espera da mão de alguém
acordado, com a cabeleira eu sonho
que desperte minha coragem