anapaula.*.

Representação do Irreal

Voltamos pro faroeste
No nosso OVNI
Sem cinto de couro
Você é a própria pele de cobra
Dissolva-se e renasça no meio do monte de palha
Suas pegadas espalha
Com a nossa ciranda
Seu perfume exala
Soma com seu suor
Pelo sol escaldante
E pela nossa coreografia que veio
das galáxias
Numa categoria de alta excelência e bombástica
Revista-se
Revisa-se
Sua carteira tem minhas 3x4
Sua carreira de cavaleiro é teatro
É  um desenhista habilidoso que dorme num quarto com meu retrato
Caricatura de Djavus
Você revive o já imaginado
ao meu lado
E a gente voa por este território aberto
Vai mais alto que um cavalo alado
pousa, desfila, somos as estrelas do nosso próprio telão
Cupido foi nosso anjo guardião
Foi pela veia que o amor atingiu o coração
Investe nessa seringa da paixão
Que são muitos milímetros de líquido de emoção
Da Terra até o Sol
Da ponte até o rio
Do rio até o anzol
O caminho do rancor é feito de brita
E nossas solas pisam, deslizam
Deslocam
Pelos pós dourados
Macios
Nada áridos
Carreguemos as jóias da vida
No nosso carrinho de mão
O futuro é incerto
E nesse presente quero você
Meu forte espectro
Correspondente à toda intensidade
Leve-nos na onda
Adeus para quem inveja nos entrega
E vamos para nossa estrada estelar
Viver o sonho antes que o alarme nos desperte
O tempo nos recolha
E a rotina não nos liberte