Ò vento por que tortura-me?
Trazendo em tuas entranhas , este aroma cítrico e refrescante?
Não sabeis que está não é a fragrância das frutas ?
Tu por acaso não és o senhor do desastre , o temor da natureza, a fúria das ondas, o viajante do infinito?
De certo sabes que a essência trazida por ti exala dela ?
Não sois o conhecedor de tudo que há, não és o viajante da eternidade , a quem com tuas invisíveis mãos tocastes a vestes transcendentais?
Como ousas fustigar -me com as lembranças de minh’alma partida ? A caso sois vil?
Sejais bom amigo sigais adiante, encontrai-a onde estiver posto que perdida deve estar a minha procura mesmo que inconscientemente
Leve consigo o meu cheiro toque a suavemente pela face e deixe que sinta e perceba minha presença.
Renasça nela todo sentimento adormecido glacialmente no abismo da disfarçada ataraxia.
Faça-o Fluir com força e ímpeto incontrolável tal qual ocorre a sua similar essência atormentada , com a autoridade que atuas sobre os oceanos.
Sobressaia meu penar, a falta de orientação e sobre a necessidade de estar novamente em curso.
Diga-lhe sobre como é ter seu âmago consumido pela saudades.
Mostre-a comiseração de existir sem seu completo essencial .
E por todos os deuses traga-a de volta, caso não possa, deixe consigo o meu olor para rememorar tempos idos quando aninhava-se a meu peito a tecer sonhos , projetando o futuro desta maneira conclua a incapacidade de existir sem mim .
E apenas juntos a nos completarmos a vida retomará seu sentido....