Lilian Fátima

Ó coração!

Ó coração que de mim judia!

Tu és culpado de vários enganos.

De querer o que eu nem podia,

Num pesar, afoguei-me em prantos

 

Por ti, me entreguei à fantasias,

Que me fizeram sofrer tanto.

Alheia à razão, busquei a rebeldia,

Eis a causa desse desencanto.

 

Coração ferido, me deixou arredia.

Desconfiada , fico no meu canto.

Nem sei como te inserir na poesia,

Metrificada ou num poema branco.

 

Ó coração que de mim judia!

Ame, mas não me cause mais espanto.

Devolva-me a alegria que eu sentia,

E te aclamarei em versos, eu garanto!