Ó coração que de mim judia!
Tu és culpado de vários enganos.
De querer o que eu nem podia,
Num pesar, afoguei-me em prantos
Por ti, me entreguei à fantasias,
Que me fizeram sofrer tanto.
Alheia à razão, busquei a rebeldia,
Eis a causa desse desencanto.
Coração ferido, me deixou arredia.
Desconfiada , fico no meu canto.
Nem sei como te inserir na poesia,
Metrificada ou num poema branco.
Ó coração que de mim judia!
Ame, mas não me cause mais espanto.
Devolva-me a alegria que eu sentia,
E te aclamarei em versos, eu garanto!