Queria escrever sobre certas coisas que preenchem o meu coração,
Porém, esses versos não seriam o aspecto mais viável
De se estabelecer um contato crítico.
Mesmo assim, tudo que eu queria
Era apenas ter em mente um termo que definisse o que sinto
Neste momento em que olho para o céu.
E contemplo, a lua na sua representação enigmática
Em meio a escombros e violências decorridas
De uma má distribuição de renda,
E uma desigualdade em cogitação.
Enfim, isto não é uma escrita usual
Do que adianta relatar sobre estas coisas
Que parecem que nunca terão uma resolução?
Sendo estagnadas com o tempo,
E corroídas pelos egoísmos salafrários
Que vemos todos os dias pelos noticiários.
Na qual, os meios midiáticos se responsabilizam pela informação
Mas não pela transmissão de conteúdo de uma forma efetiva
Adequando um padrão oculto que poucos veem,
E são considerados como loucos
Numa sociedade destinada a pão e circo.
O fato social não é definido por um aspecto teórico
Pois, a interação social na prática
Vai muito além do que um simples diálogo sofista.
Ela se expande ao caráter de sobrevivência,
Dentre uma exclusão derradeira.
Levando esdrúxulos da penúria a fama.
E os indivíduos que possuem visões concretas disto,
Partem para o esquecimento e a lama.
Fazendo com que eles sejam omissos em meio ao tempo,
Sem ter o predomínio de uma equidade.
Porém, fica no ar uma interpretação sem conclusão,
Com um forte apelo iluminista de resolução ao caso
Enquanto isto, o alastro do caos é revelado desde os períodos mais remotos
Ao qual não houve solução até hoje.
Na atualidade, de modo infeliz
A sociedade é dividida entre o crime e a empregabilidade.
Onde o ofício é algo raro e árduo,
E a delinquência é achada a cada esquina,
Lucrando sempre as custas de um viciado
Que se perdeu em seus sonhos e regalias.
E logo após, fico me questionando
Onde a disciplina sociológica
Se adequa nesses casos de inanição racional, cultural e social
Desde os tempos segregacionistas.