Agora que estou de olhos abertos
Examino minha psiquê sombria
A saber se os fragmentos do que penso
São de tristeza ou de alegria
Revisando meus projetados manuscritos
Em cada um sublinho ou risco os rabiscos
listando: A se cumprirem X extintos
Não apago, reescrevo-os
Aplicando nova cor, novo formato
Sem data prevista para nova edição
Já acreditei um dia
Sofrer de TOC (transtono obsessivo compulsivo)
Por ter planos tão bem organizados
com mania de tê-los sempre armasenados
Como camisetas na gaveta
As mesmas dobro sempre todas do mesno lado
Quanto aos meus sonhos e desejos
Alguns irritantemente insistentes, outros lampejos
A maior parte só levo até a metade
Antecipando que não se cumprirão como almejo
Querendo ter tudo na ordem certinha
Lado sobre lado, escrita alinhadinha
Seria isso uma doença?
Ou somente e simplesmente uma mania?
Acho que nunca saberei com exatidão
Nem mesmo se vem da mente ou do coração
Costumo me ver perdida e fundida
Não conseguindo diluir ou separar
Aquilo que é sonho para minha vida
Do que nem mesmo queria sonhar
No sentido de Desejar, almejar
E quando me dou conta, está aberta nova ferida
Que nem sempre é facil tratar