Eis que o vento sussurrou saudade
E as madrugadas, acordaram lembranças,
Como as ondas de uma tempestade
Sombría, sem vislumbre de bonança.
Recordações alheias a minha vontade
Silhuetas dançando, na macabra dança,
Tolhendo meus sonhos que são na verdade,
Solidão e tristeza, eterna aliança,
Lembranças perdidas na estrada do tempo,
Sepultada num canto qualquer da memória
Que a brisa noturna, por fim, reavivou,
Abrindo ás janelas do meu pensamento
A mim só restou, a tarefa inglória,
Reunir os pedaços, do que já passou.