Vida líquida...
Deixo, o tempo escorre sem medida
Pendem pernas e braços
Destituídos de vontades, compõem a cena vazia
No silêncio da barra do dia, há tanto espaço...
Meço sentidos adormecidos, inalterados
O que é prudente, o que é pecado?
Tenho me perguntado
Ser ou não, condescendente?
A prudência cochila ao lado...
Nada me pesa além dos anos
O tempo escorre, como escorrem juventude e planos
Há pouco por fazer, sou barco à deriva
Agora no lago dos anos...
Já me fiz serena, a contemplar o humano
Nessa vida líquida, parecem tão insanos...
Mudo a cena, vida é tão pequena...