Campina, tão bela e Grande!
Quem te viu e quem te vê
em tantos Severinos e Marias,
Ramos e Ramalhos,
que assim te cantam
como Tropeiros do Amor,
Guardiões de Luz, Ariús
num sol que te ilumina,
numa lua que te beija.
Vila, em ruas, ladrilhos,
becos, vielas, ladeiras:
escuto passos de quadrilha
no forró que danço,
embalo e lanço.
Fogos aos céus:
aos meus e aos seus.
Como é bom poder ter-te, sombra de algodão,
feito um bálsamo, um perfume,
em noites de sanfona ao luar,
junto ao povo, olhando para o céu.
É São João!
Ó linda flor, linda morena!
Já te paquerava o Pandeiro
apaixonado por ti, minha pequena,
que cresceu e virou estrela.
E tem a chave de São Pedro.
Voa, voa, voa alto, como balão.
Ao mundo mostrou força.
Oh! Doce Campina.
Cidade onde a beleza se explicita.
Libriana, se faz majestade e alegria.
Minha Rainha!
A Borborema em poesia.
Kermerson Dias