Viu-se o deblaterar virilento,
Violentando o momento,
Como se fora um pesadelo
Sem fim, que ora
Vivemos nestes tempos
De chumbo de agora,
Descortinando o abismo,
No aforismo
De absurdos ultimamente acontecidos,
Como se naturalizadas
Fossem coisas bárbaras
Que fogem à razão,
Depondo contra toscos pensamentos,
Ou ideologias quaisquer
Que sejam,
Que ensejam,
Malevolamente condenar
Uma criança a massacre
Midiático clamoroso,
A campanhas implementadas
Pelas redes sociais,
À desmedida pressão
Para que realizasse o aborto criminoso,
Apenas por condenar,
Por faltar
Plausíveis argumentos!
Não se detiveram
Na infâmia , fizeram
De forma cruel e bizarra,
Deturpada e monstruosa,
Numa algazarra
De bestas-feras enlouquecidas,
Ávidas por balbúrdia
E bandalheiras,
Um carnaval
Dos diabos,
Contra uma criança ainda,
Botão em flor, afinal,
Vítima de um animal
De bruta-raça
Que a maltratou,
A violentou,
Ainda em tenra idade, coitada !
Não se ouviu
Entretanto, um único pio,
Um único gesto de contrariedade
Daquela horda ensandecida:
Uma voz voz sequer se elevou
Para protestar
Contra o monstro que violentou
A menina,
Deixando-lhe terríveis sequelas,
Que talvez nem o tempo,
Consiga cura-las!
Queriam que fosse mulher feita,
Plena de responsabilidades, perfeita
Para gerar um filho, cria-lo, orienta-lo.
À sanha deste mundo infernal,
Impiedosamente entrega-lo,
E o rebento coitado,
Consigo levaria
Uma herança que dela se pudesse, teria
Aberto mão: ter sido gerado
Por um pai-monstro
Que a mãe dele violentou!
A delicada rosa, trataram-na
Como danosos espinhos,
Ao cruzarem
Seu caminho,
A desprezarem,
Trantando-lhe qual erva daninha!
A maltrataram com atitudes perversas e mesquinhas,
Não levando em conta , animais cavalares,
Que lidavam com uma criança
De 10 anos apenas, estuprada,
Vilipendiada em sua inocência!
Queria a turba aloprada,
Que morresse,
A fazer o aborto legal!