Luz solar entrando pela janela
Está quente, em vão trabalha o ventilador
Na escrivaninha, a caixinha vermelha, o porta retrato, a garrafa vazia
Vários lápis de cor
Cadernos, livros, diários
E o ukulele, repousa ao lado da flor.
Aqui e agora, neste quarto
Estou a escrever o que vejo,
Mas queria eu escrever o que sinto
Dizer o quanto dói a queimadura,
O quanto aperta o coração no meu peito
Mas parecem ser coisas irreveláveis,
Então escrevo o que está bem a minha frente.
O lápis, o papel, o estojo, a luminária,
O livro que não entendi,
O urso que não tirei da embalagem,
Minha tia na cozinha, fazendo o almoço
E eu aqui, tentando escrever uma simples poesia.