Pobre, caboclo, hoje solitário e abandonado
Sua voz, já não escuto, seu violão tão dolente,
A muito que está, em um canto escuro, jogado
Ele que sempre, encantava no cantar, a tanta gente
Hoje, nem a lua, parece mais vir aqui com seu brilhar
Os pássaros, ao redor, emudeceram, ante a sua dor
As flores deixaram de seu perfume doce exalar.
O sol sempre encoberto, não o agasalha, com seu calor
Nas noites as estrelas se escondem, tudo fica escuro
Os pirilampos, não alegram com suas luzes a piscar
Parece que a natureza, ergueu aqui um feio muro
Aonde a felicidade, nunca mais vai poder voltar..
Tudo porque seu grande amor, partiu para a eternidade
E ele fechou seu coração, sua alma, seu desejo de viver
Para um dia, quem sabe, voltar a ter a sua felicidade,
Encontrando o seu amor eterno, depois que ele morrer....