Eu enxergo do banco da praça, ele ergue fumaça
O arremate do pé, o vento cortado do asfalto
O meu relógio digital está atrasado
Cuspo água da boca e vejo evaporar paralisado
E eu não vou pesquisar a resposta dessa pergunta
E ainda que diga nunca
O capitão também não faz sentido
E eu só querendo viver
Há muitos poemas para serem lidos
Muitos pores de sol a serem vividos
E aqueles momentos que eu não pude viver
O trambolho de lembrar de ser
Trama que escapou, gotejou ao meu redor
Será que vai ficar pior?
Melhor será o fim do que o início?
Que seja momentâneo,