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Adrian Nilo

As vezes

Às vezes imagino-me longe

Às vezes imagino-me perto

Por vezes sinto-me inteira

Outras, vejo apenas migalhas

Mas, quem sou eu?

Vejo cores, às vezes

Outras, a mim, só resta a escuridão

Sinto-me perdida

Mas, sempre me encontro, e torno a perder o rumo

Para onde vou?

Toco e posso sentir, o áspero, macio e o sólido

Cheiro, e queimo minhas narinas com suaves odores

O que sinto?

Estou viva, por respirar

Estou morta, por nada sentir

Sou ou não sou?

Sentir ou esquecer?

Sentir é viver?