O que se aponta,
e numa culpa ampara
decifrando o engodo,
que sem motivo, escancara,
quer fazer a gente acreditar,
que tudo é mera revelação,
e nada comove, nem remove,
o gestual da indignação.
E no encontrar palavras,
singelezas são expostas,
ardilosas e mancomunadas tramoias,
são transformadas em resposta,
engrenando um celebrar estéril,
enveredada em uma vã sutileza,
emoldurada por uma bandidagem,
no ritual de mãos postas à mesa.
E o resultado já está contaminado,
prenunciado em uma carnificina,
clara e evidenciada numa pilhagem
pelas labiosas aves de rapina.
E as mãos postas à mesa,
mais do que um gesto de entrega,
é a expressão débil de um grupelho
que foi embevecido pela vingança cega.