Um Estado se faz
Com território,
Povo e língua,
Com trabalhadores
Da iniciativa privada
E servidores públicos.
Mas tal pressusposto destoa
Quando não é dispensada
Ao povo a mesma linguagem,
Inda que em uma Nação
Formada por linhagem
De diferentes povos,
Acolhida pelo Pátrio-Chão
Brasileiro,
Sempre cordato e hospitaleiro!
Não se há falar em Pátria,
Quando falta o pão,
O alimento,
Quando falta emprego
Para sustento
O mínimo da familia,
E o homem,
Sem emprego,
A familia
Passando por privações,
Passando fome,
É diminuído,
Ferido
Em sua auto-estima,
Aí então,
Se desespera,
Se humilha.
E não há verso
Que encaixe a rima,
No retrocesso
De assistir passivamente
Aos desvalidos dos desgovernos
Famintos e humilhados,
Maltratados e espezinhados,
Órfãos do governo
Que impudente e maldosamente
Não cumpre o que dele se espera:
Zelar
Pelo bem-estar
Dos governados.