Eu vejo por uma fresta pequena
Grandes sombras de suor e desejo
De te amar-te vida de rosto lilás
A liberdade inteira
Pela qual o homem se torna homens
E na qual esperamos há tempos.
Em sangues e mãos calejadas
Subeverter o perfume daquela gente indesejada
Que desvirginou a vontade de ver
O que podia acontecer quando o frio
Penetrasse em nossos lares
De vozes fracas, roucas e turvas
Imposta de fora da casa e de dentro da sociedade
Duas vezes olhei para o horizonte
Olhei vossa plumagem distante
Onde o eco dos meus gritos espantam meus cabelos
Num som claro como a pena do cisne
Que se enfrente contra a cólera dos galos
Com uma chapa de aço e uma espada de esperança.