Ninguém vence o medo quando ataca o ato sentido,
nem supera o desafio, estando o tempo perdido.
Os pensamentos podem levar a uma relação de desconforto
quando as atitudes têm, como referência, um complexo morto,
que abala a consciência com um provocar insano,
misturando vaidade, radicalismo e julgamento leviano.
Ninguém vence a derrota quando joga sem vontade,
nem diverge da inconstância, estando com a alma covarde.
O palrar pode traduzir, com sua eloquência, um gestual de dissabor,
em que as expressões têm, como singular, um peso opressor,
que revela a existência de um egocentrismo exacerbado,
alinhando egoismo e rudeza, em um viver pérfido e agoniado.
Ninguém vence os obstáculos quando neles se engrena,
nem repele o estrago, estando vazio e com a alma pequena.
A mão estendida e o abraço composto devem estar em harmonia,
assim como os pés, em compasso, sobrepondo a languidez da astenia,
fazendo que a superação seja um definido ponto reagente,
juntando, impartíveis, o corpo e o espírito, o coração e a mente.
Ninguém vence a solidão se semear a planta que não quer colher,
nem se regar a semente do indesejável escolher.
A sombra pode cobrir a luz que ilumina a sobriedade,
e os raios da certeza e benfazejo serem subtraídos pela vacuidade,
deixando os olhos vendados, inertes e de intenção impura,
num simplificar de decisão, sem predicados e obscura.
Ninguém vence o ódio se não sabe oferecer amor!