Quanto brilho, quanta luz
majestosa me seduz
traz-me paz ao coração
Como fazes todas as noites,
também ontem, quando fostes,
mergulhei na solidão .
Ao sentir intenso frio
tanto só, tanto vazio
pus-me então a meditar:
Essa lua é companheira
mas, coitada, a noite inteira
não consegue me aquentar.
Agradeço seu clarear
com passinhos, devagar,
vai sumir no monte, além .
O poeta que a admira
rasga o peito, de dentro tira,
versos para ela também.
Mas, confesso, lua amiga
que a luz que me castiga
vindo o dia despertar,
é o sol que tanto espero !
Dos meus medos me supero
pra outro dia conquistar