Divaldo Ferreira Souto Filho

Assuma teu ciúme

Se qualquer mulher dessas

Que a gente nem sabe o nome

Mas sabemos que é, se nua, insinua

A me olhar por inteiro ou por meio

Na esquina, na loja ou no meio

Da rua

Logo você, meu bem

Me promove a ilegal

Cuspindo-se, em fogo, que não sigo cumprindo

A lealdade prometida no altar

E no alto do meu bom-senso

Me calo, saio contigo consentindo

Não me cego e só quero

Que ninguém se torne também

 

Assuma teu ciúme

Rasgando a chatice

Manter nosso amor

Afogando-o, é crendice

 

Respeito nosso amor, meu bem

Só quero que entendas

No baixo da sua veste de estima

Que ninguém é de ninguém

Pode vir um Picasso

Que não o arremato

Se estou contigo é pra valer

Então não me mate

Este seu medo de me perder

Logo, tarde ou cedo, vai fazer mal

Lhe embalsamando, carne de Sol

Sem sal