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K. Kronecker

Firmamento nômade

Da janela do quarto eu via,

Mesmo após anos, vagava minha vista,

Meus olhos seguiam todas aquelas formas,

esperando quem sabe, minha resposta cair de lá,

Será que muito em breve minha vista vagueará?

Ou como um rio, toda a paisagem mudará,

assim como quem estará a contemplar?

 

Da janela, deitado, eu sentia,

cada brisa suave que abraçava as árvores,

Cada ano de mudança em cada memória fragmentada,

Será que como os frutos corados no topo tão alto eu amadureci,

ou minha vista se manteve inalterada apesar de tudo que vivi?