Abel Ribeiro

O dia em que a Mafalda chorou

Perder um pai dói demais
Imagine se ele lhe universalizou
No dia em que o corpo jaz
Por ele ela chorou
A menina que ele criou

Não será como antes
Esse instante de tristeza
Se chora a sua realeza
Da grandeza desenhada da Mafalda
Que viverá na memória da certeza.

Essa interrogativa beleza
Feito no enigmas da dúvida
Faz da partida vossa grandeza
Daquele humor político
Daquela charge fora da riqueza

De Mendoza esse hemano brincou
Saudou no desenho ácido
Daquele humor político zombou
Consciências e sorrisos noutros
A menininha do rosto meigo chorou.
Quinho!
Obrigado!
Mafalda, menina da dúvida inteligente
A gargalhada, a zoada da gente
Vai continuar...

Abel