Petala_desconhecida

Porque eu

Porque eu, 

No meio de tantas outras, 

Cheias de apostas, 

Reavaliando as notas,

Perdidas em Memorias,

Levadas em histórias, 

De um mundo sem vitórias. 

 

Porque eu, 

A sacrificada de todas essas injustiças,

Que rancorasteis em peito meu, 

Minha incerteza,

Em minha beleza, 

Todas elas quão quase que suspensas, 

Foram embora, 

Para junto daqueles, 

E já neste corpo não mora. 

 

Olhando-me ao espelho,

Olhando meus reflexo, 

Meu aspeto, 

Já não me reconheço, 

Fui um livro folhiado, 

Que jamais será lido do avesso.

 

Inseguranças,

Cheias de enganos, 

Cheias de engenhos, 

Que algum dia, 

Suponhamos, ter esquecido.