Dias de chuva
Carregados de reflexão
Até quando andarei ao vento?
Jogado estou, convicções frágeis.
Colocando a bagunça para fora
Me deitando em tapetes empoeirados
Sonhando alto para alguém da Terra
Comendo o fruto proibido das perguntas.
Me passando por alguém estranho
Enchergando em cada espelho um reflexo
A dor faz parte do processo de escolha
Nado em meio a todas as correntes de incertas.
Me agarram pela perna e braço
Meus membros se distorcem em fumaça
Meu sorriso se refaz a tamanha ironia
Somente os tolos me entendem.
Carrego a marca da revelação
E ela se revela em qualquer dia aleatório
E mesmo que tente parar, não dá
Tudo começa a fazer sentido nessa tempestade.
Quem lê? Quem vê?
Entende o que entendo? Sente?
Cuspo sobre a terra molhada
Reescrevo qualquer final possível.