Eliabe Lira

Razoavelmente perplexo.

Dias de chuva 

Carregados de reflexão

Até quando andarei ao vento?

Jogado estou, convicções frágeis.

 

Colocando a bagunça para fora

Me deitando em tapetes empoeirados

Sonhando alto para alguém da Terra

Comendo o fruto proibido das perguntas.

 

Me passando por alguém estranho

Enchergando em cada espelho um reflexo

A dor faz parte do processo de escolha

Nado em meio a todas as correntes de incertas.

 

Me agarram pela perna e braço

Meus membros se distorcem em fumaça

Meu sorriso se refaz a tamanha ironia 

Somente os tolos me entendem.

 

Carrego a marca da revelação 

E ela se revela em qualquer dia aleatório

E mesmo que tente parar, não dá

Tudo começa a fazer sentido nessa tempestade.

 

Quem lê? Quem vê? 

Entende o que entendo? Sente?

Cuspo sobre a terra molhada 

Reescrevo qualquer final possível.