Ela anda saltando amarelinha,
Rindo sozinha, só de lembranças boas, ela ri à toa,
Feliz com ela mesmo, pois não tem memória infeliz,
É o que sua alma diz
Tem lembranças de pets, de cães fofinhos,
De Marleys tão bonitinhos,
Tem amigos e xubs, seja lá o que isto seja,
Mas o seu olhar sempre festeja
Tem fama de gulosa, já com uma ficha criminosa,
Sem que ninguém a veja,
Trafica brigadeiros, querendo comer primeiro,
Mantendo vários como reféns, bem antes dos parabéns,
Ficando ali no lado da mesa, seguindo a sua natureza,
Talvez tenha uma imensa lombriga, o olho maior que a barriga,
Isso com certeza!
Sem descuidar do bolo um só instante,
Empurrando a aniversariante,
Pouco gentil, mas confiante,
Com desejos de doces e sobremesas,
Se impondo com firmeza,
E por naturalmente se achar a mais bela,
Ela pensa meio sem jeito, que é o seu direito,
E somente dela, o privilégio de ser a primeira
A assoprar a vela...