Eis-me
Frente à selva de concreto
Cá, habitam seres diversos
Alguns, carregam um deserto
Entre muros lisérgicos, luzes e o ilusório
Há uma batalha em ação
Sobras, compõem o cenário comprobatório
Vivem estirados pelo chão...
A cidade faminta engole
Sua enorme boca repleta de arranha-céus
Mastiga sonhos temperados com fé
Nutre-se do ego de sua prole
O céu, artigo de comércio para quem quiser
Eis-me aqui
Frente a selva de pedras
Busco um oásis, sigo o curso
Às vezes caminho, em outras navego
Tateio às cegas...
Busco um céu
Isento de onerosos custos
Entre carros, trafego
Uma pipa passeia ao léu, parece absurdo...
Ainda creio em anjos…