Descobrindo e desfolhando
o tempo, eu vou,
Decifrando enigmas
em pinturas abstratas,
As palavras surgem,
em brisas epifanicas,
O nada e o vácuo
indevidamente
ocupam os espaços,
Bem mais distante partículas
e antiparticulas
se abraçam pela última vez,
Porém os movimentos primários
mantem-se inalterados
feitos crianças birrentas,
Sigo um som compassado,
e pulo amarelinhos na estrada
de tijolos amarelos,
Enquanto Beethoven e Beatles
traduzem a perfeição,
Sou um ser simples,
e de fácil compreensão,
Minha cultura é parca
é de pouca dimensão,
Meus gritos atingem pífios decibéis,
Mas eu insisto...eu existo
Mesmo vivendo um paradoxo quantico
nas calotas polares,
Sou um viajante do tempo
e trago noticias frescas que
mudarão vidas,
Vida é coisa séria,
Então me ouçam,
Abaixem o volume
escutem-me,
Eu tenho algo a dizer,
sou um simples ser
De baixa estatura
de costumes banais
e uma enfadonha rotina.