Será que um dia, a gente acha todo aquele tempo perdido?
Quiçá o tempo na ante-sala do dentista inda nos seja restituído.
Aquele tempinho que precisava para terminar de ler aquela matéria interessante, naquela revista velha, que nos foi roubado quando nosso nome foi chamado.
Quem sabe aquele tempo que desperdiçamos fazendo alguma coisa tão inútil, tão maçante.
Aquele tempo orgulhoso e estupido em que o “eu te amo” foi represado na garganta quando deveríamos ter gritado.
Ou aquele tempo que fugimos de admitir que de fato estávamos apaixonados.
Dizem que no fim da vida, qualquer tempo faz diferença.
Não quero mais passar tanto tempo sentindo falta da tua presença.
Melhor é aproveitar o tempo que ainda me resta.
Enquanto espero que sobre nós, tu sejas honesta.