Um relato sobre Arthur Azevedo (Teatro-Poema)
[Em um cenário representando um palco de teatro com um assento especial bem no centro como um fabuloso trono está um (uma) interprete que sob o embalo suave de um fundo musical declama com emoção e clareza o poema Um relato sobre Arthur Azevedo]
NARRADOR
Arthur Azevedo, maranhense, nascido em São Luis em 1855, foi um dramaturgo, poeta, contista, prosador, comediógrafo, crítico e jornalista. Dentre suas obras prezou muito pelo teatro com peças teatrais que emocionou e divertiu o público. A construção e inauguração de teatros foi uma de suas bandeiras de lutas.
NTÉRPRETE
(Em tom suave, expressivo e a manifestar emoção)
De são Luis do Maranhão
Surge um artista da literatura:
Um poeta, contista, teatrólogo, mas também jornalista.
Capaz, hábil, inteligente,
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo
Que tanto na arte se aventurou,
Dela viveu, por ela respirou!
Já aos 8 anos de idade aptidões para o teatro bem demonstrou
Utilizando textos de grandes autores,
Encenando bons dramas, isso sempre lhe inspirou;
De tão dedicado à cultura e ao ensino, até o português lecionou;
Figurando ao lado do irmão Aluísio, nosso querido Arthur Azevedo
Nas artes se revelou.
Trabalhando, produzindo e sempre se dedicando, sua história construiu;
Ao produziu poemas, contos, peças de teatro seu dom se diversificou
Expondo sua criatividade, seu talento
E o seu mundo conquistou.
Méritos¿ Nunca lhe faltou!
Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras,
Grande incentivador para a criação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro,
Defensor da abolição dos escravos,
Pois, a prudência, discernimento e sentimento humano
Em sua alma habitou.
Publicou sátiras contra autoridades governistas,
Dificuldades enfrentou,
Mas com sabedoria e determinação cada desafio superou.
Foi vivendo no Rio de Janeiro
Que como jornalista publicou textos, escritos que sua vida marcou;
Onde pôde usar de sua arte
Com poemas e contos realizando o sonho de expressar suas obras
A quem tanto se dedicou.
Na poesia parnasiana, seus dons poéticos, vivenciou;
Seus contos: Contos possíveis, Contos fora de moda, Contos cariocas e Contos efêmeros,
Ficaram eternizados em registros por onde os divulgou;
Das peças de teatro: A Capital Federal, Carapuças e O escravocrata, belas obras de artes que dentre outras publicou;
E, a peça Amor por anexins, que mais de 1.000 apresentações realizou!
Oh, Artur Azevedo! Poeta, contista, teatrólogo, jornalista!
Oh, artista do Maranhão!
Quanto nos emocionou!
Mas que ao falecer no Rio de Janeiro em 1908, sua obra nos deixou.
Permanece então até hoje marcado por tanto respeito e admiração,
E assim eternizado, homenageado dando nome ao Teatro ARTHUR AZEVEDO em São Luis do Maranhão.
(O intérprete levanta-se do trono e reverencia o público. Fecham-se as cortinas)
FIM