Não mais se oferta flores, não lhes aspiramos o perfume
Tão pouco despertamos para suas cores…
Já não se ouve cantos de pássaros
Não se aprecia o cantar das fontes, das cascatas
Pouco verdejam os pastos
Nem nos importa os habitantes das matas…
De amor, não se fala
Não se usa mais beijo na fronte
O olhar não mais se encontra, cala
Ou se faz horizonte…
Não se cala um nome
A mente deseja, não se encanta
Sou do hoje, tendo a alma no ontem
Amo delicadezas... Se houver, desafio
Quem quiser, aponte
Beleza maior, que o amor cultivado ontem
Ema Machado