Ah se eu pudesse ter escolhido,
talvez fechasse os ouvidos,
e os olhos fecharia,
e não deixaria, coração aberto,
vagar, vagante, incerto,
ser cativo de teus gestos.
E não teria ouvido,
o que hoje não faz sentido,
o que me disse, sorrindo.
Ah, suaves palavras,
hoje pra mim tão distantes,
ecos, ecoam, não se acabam,
queimam, entristecem, dilaceram.
De mim fazem ser incerto.
Mas, algo ainda é certo:
eu ainda te amo,
eu ainda te quero.